Dina Sfat, uma das maiores divas da dramaturgia brasileira, faleceu tragicamente no dia 20 de março de 1989, coincidindo com o aniversário do ex-marido, o ator Paulo José. A artista, reconhecida por seu talento marcante e por papéis icônicos na televisão e no teatro, não conseguiu superar a traição de Paulo, que resultou no fim de seu casamento em 1979. A infidelidade afetou profundamente a saúde emocional de Dina, que já enfrentava desafios em sua carreira e na criação de suas três filhas.

Nascida em São Paulo, filha de imigrantes judeus, Dina começou sua carreira nos palcos em 1962 e rapidamente se destacou por suas performances intensas. Nos anos 70, ela se tornou uma figura central na televisão brasileira, estrelando novelas que se tornaram clássicos, como “Selva de Pedra” e “Gabriela”. Sua habilidade em transmitir emoções complexas conquistou o público e a crítica, solidificando seu lugar na história das artes cênicas.

Após receber o diagnóstico de câncer de mama em 1986, Dina decidiu continuar trabalhando, entregando-se à novela “Bebê a Bordo”, mesmo enfrentando dores constantes. O apoio da TV Globo foi crucial nesse período, permitindo que ela mantivesse sua rotina de gravações. No entanto, sua saúde se deteriorou rapidamente, e ela faleceu aos 50 anos, deixando um legado que transcendeu gerações.

Dina Sfat é lembrada não apenas por suas atuações memoráveis, mas também como um símbolo de força e resiliência. Suas filhas, Bel, Ana e Clara Kutner, seguiram seus passos na arte, perpetuando o legado da mãe com suas próprias carreiras. Mesmo após 35 anos de sua partida, a influência de Dina na cultura brasileira continua viva, sendo celebrada em homenagens e exposições que relembram sua trajetória e impacto na dramaturgia nacional.